Medicamento para dengue: pode tomar Coristina D Pro?
Um medicamento seguro que pode ser utilizado em casos de suspeita ou confirmação de dengue.

Medicamento para dengue: Coristina d Pro é indicado?

A dengue é uma doença bastante debilitante e que requer cuidados para preservar a saúde e evitar complicações, principalmente nas versões mais graves. Apesar desses fatores, os sintomas costumam ser confundidos com quadros de gripe, em especial devido à febre e às dores no corpo. 1

Em geral, o tratamento é similar em ambos os casos, voltado para aliviar o mal-estar. Porém, nem todo analgésico serve como medicamento para dengue. Isso porque existem fármacos contraindicados quando há suspeita da doença, por poderem agravar o quadro e colocar a saúde em risco. 2

Além disso, há muitas contradições e informações desatualizadas sobre o que se pode ou não tomar. Para resolver essa confusão, este post explicará qual o tratamento correto para a dengue, quais remédios devem ser evitados e por que esses fármacos podem prejudicar a recuperação da doença. 1,2

O que é a dengue?

A dengue é uma arbovirose, doença infecciosa febril, causada por vírus transmitidos por meio da picada de mosquitos Aedesaegypti, seu principal vetor, e Aedes albopictus, vetor secundário. A transmissão ocorre quando o mosquito contaminado se alimenta do sangue de uma pessoa, expondo-a ao patógeno. 1

Após um período de incubação que pode levar em média de 3 a 15 dias, os sintomas começam repentinamente, persistindo por cerca de 2 a 7 dias. Geralmente, depois do terceiro dia, com o fim da fase febril, tem início a fase de recuperação. 2

Contudo, nos casos graves, com pacientes de alto risco ou com sinais de febre hemorrágica, a fase crítica da doença exige acompanhamento constante, visando preservar a saúde e evitar complicações severas. 1

Quais são os sintomas da dengue?

Os sintomas comuns da dengue são 1:

  • febre alta, acima de 38,5 °C;
  • náusea e vômito;
  • erupções cutâneas emanchas vermelhas na pele;
  • dores musculares;
  • dores nasarticulações;
  • dor de cabeça e atrás dosolhos;
  • fadiga.

Além dessas queixas, é importante conhecer os sinais de alerta da dengue, que indicam quadros potencialmente mais graves, como 1:

  • dor abdominal intensa econtínua;
  • vômito persistente e/ou comsangue;
  • sangramento nas mucosas, especialmente nasgengivas e narinas;
  • quedas súbitas de pressão aoficar de pé;
  • crescimento anormal dofígado;
  • acúmulo de fluidos nas cavidades docorpo (derrames cavitários).

Tratamento da dengue

A base do tratamento da dengue é feita por meio da reposição de líquidos e do repouso, práticas que servem para combater o risco de desidratação e mitigar a fadiga, respectivamente. Além disso, você pode usar analgésicos e antitérmicos para aliviar as dores e baixar a febre. 1

Não existe cura para a dengue. Por isso, o tratamento visa dar suporte ao organismo e evitar complicações, além de minimizar o mal-estar do paciente e promover o mínimo de conforto para a fase de recuperação. 1

Por outro lado, a febre hemorrágica da dengue costuma ser tratada por meio de hidratação e medicação intravenosa. Além de prevenir a desidratação, esse cuidado ajuda a controlar a pressão arterial e combater o risco de choque. 1

Quais remédios são contraindicados em caso de suspeita de dengue?

De modo geral, o uso de ácido acetilsalicílico (AAS), anti-inflamatórios corticosteroides ou anti-inflamatórios não-esteroides (AINE) é contraindicado em caso de suspeita de dengue. Isso porque esses medicamentos podem alterar a função das células do sangue e aumentar o risco de hemorragias. 2

Entre os fármacos que não devem ser usados como medicamento para dengue, estão 2:

  • ácidoacetilsalicílico;
  • ácido salicílico;
  • diflunisal;
  • salicilato de sódio;
  • metilsalicilato;
  • indometacina;
  • ibuprofeno;
  • diclofenaco;
  • piroxicam;
  • naproxeno;
  • sulindaco;
  • prednisona;
  • prednisolona.

Qual medicamento para dengue é o mais indicado?

Com a febre e as dores no corpo como principais sintomas da doença, os fármacos mais utilizados como medicamento para dengue são o paracetamol e a dipirona. Ambos fornecem ação analgésica e antipirética, indicadas para aliviar o desconforto do paciente. 1 2

Na prática, remédios com esses ativos são considerados seguros porque, em doses adequadas, oferecem baixo risco de toxicidade e não devem comprometer o funcionamento do organismo. 1 2

Destacando o paracetamol, vale apontar que as reações adversas ao medicamento são extremamente raras, até mesmo em relação à dipirona. Esse é um fator importante para a escolha do medicamento para dengue, pois a segurança vem sempre em primeiro lugar. 1 2

Aqui, cabe uma ressalva: mesmo que remédios com paracetamol ou dipirona sejam amplamente apontados como os mais indicados para casos de dengue, você deve evitar a automedicação e tomá-los apenas com orientação médica. 1 2

Afinal, existem condições específicas de saúde a serem consideradas, no momento de definir qual medicamento tomar em caso de dengue. 1 2

Quem tem dengue pode tomar Coristina d Pro?

O antigripal Coristina d PRO está no mercado desde 2021 e possui os ativos paracetamol, maleato de clorfeniramina e cloridrato de fenilefrina3, que podem ser usados em casos de suspeita ou confirmação de dengue.

“De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde, o uso de paracetamol e dipirona são recomendados em situações suspeitas e confirmadas de dengue para tratar dores ou febre4,5”, afirma o Dr. Márcio Elias (CRM 82558 SP), gerente médico da unidade de Consumer Health da Hypera Pharma. “A fórmula do novo Coristina d PRO oferece uma opção segura e eficaz para pacientes que necessitam de alívio dos sintomas associados a esta condição”, conclui.

Portanto, Coristina d PRO é um medicamento seguro que pode ser utilizado emcasos de suspeita ou confirmação de dengue.3 4 5

Por que dizem que não se deve tomar Coristina d PRO para tratar a dengue?

Conforme mencionado, Coristina d PRO foi lançado em 2021, contendo o paracetamol como ativo analgésico e antitérmico. Apesar de seguro como medicamento para dengue, há quem aponte que o remédio seja contraindicado. O motivo é uma informação desatualizada, com base na versão antiga e descontinuada do produto. 3

Antes da atualização, o medicamento apresentava o ácido acetilsalicílico em sua fórmula. Como apontado, esse componente é contraindicado em caso de suspeita de dengue. Ou seja, havia fundamento para evitar sua inclusão no tratamento.

Contudo, a versão de Coristina d teve sua venda descontinuada. Assim, caso tenha a intenção de usar o medicamento para aliviar os sintomas da dengue, certifique-se de que se trata da versão nova, chamada Coristina d Pro, contendo paracetamol, maleato de clorfeniramina e cloridrato de fenilefrina.3

Acesse a página oficial de Coristina d PRO e saiba mais!

Coristina d PRO. paracetamol, maleato de clorfeniramina, cloridrato de fenilefrina.Indicações: tratamento dos sintomas de gripes e resfriados, destinado ao alívio dacongestão nasal, coriza, febre, dor de cabeça e dores musculares presentes nos estadosgripais. MS 1.7817.0919. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.Abril/2024.

Referências:

  1. Manual MSD. Dengue. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/arbov%C3%ADrus-arenav%C3%ADrus-e-filov%C3%ADrus/dengue. Acesso em fevereiro/2024.
  2. Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPB. Uso de Paracetamol notratamento da dengue e os perigos de intoxicação pelo medicamento. Disponível em: https://www.ufpb.br/cim/contents/menu/cimforma/uso-de-paracetamol-no-tratamento-da-dengue-e-os-perigos-de-intoxicacao-pelo-medicamento. Acesso em fevereiro/2024.
  3. Bula do produto.
  4. https://portal.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-e-zoonoses/dengue.htm
  5. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recursoeletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde eAmbiente, Departamento de Doenças Transmissíveis. – 6. ed. – Brasília:Ministério da Saúde, 2024. 81 p.: il.